Depoimentos

Por Charles Willian Cuckson

Sem dúvidas, o que mais preocupa qualquer pessoa que sofra um acidente ou contraia uma doença que leve à perda de um membro, é a possibilidade de retomar alguma atividade física. Pelo menos esse foi o meu caso. Fui hospitalizado por cinco meses após sofrer um grave acidente em Barcelona, aos 21 anos de idade. Após receber alta, seguiram-se mais cinco meses de tratamento em ambulatório. Terminei com um programa intenso de fisioterapia e procurei reconhecer o que havia ocorrido e descobrir se, ainda, poderia praticar esportes. Não era uma tentativa de provar nada a ninguém, mas um entendimento de que a atividade física é essencial para o bem- estar e para a qualidade de vida de qualquer um. Entretanto, por mais vontade que se tenha e motivação que se sinta, a dúvida persiste, ou seja, se haverá uma real possibilidade de praticar algum esporte. A reabilitação por si só não indica necessariamente esse caminho. Na época eu morava e estudava nos Estados Unidos, e enterrei em contato com grupos locais que patrocinavam atividades esportivas para deficientes físicos. Estranhei um pouco o uso do termo “deficiente” para designar um grupo de pessoas com tantas características diversas. Em inglês se diz “disabled person”. Em espanhol, “minusválido”. Pois bem, empunhei uma raquete de tênis e fui aos poucos voltando ao ritmo do bate-rebate nas quadras. Sentia que o que me impedia de chegar mais longe, era a durabilidade de minhas próteses, que frequentemente rompiam após atividade intensa, exigindo uma vista à ortopedia para o devido conserto. Em 1993 recebi uma proposta de trabalho no Brasil, e quando cheguei, conheci a Ortopedia Gonzalez. Lá sempre tive um ótimo atendimento profissional, no mesmo padrão ao qual havia me acostumado no exterior. Foi uma grata surpresa encontrar no Brasil uma clínica ortopédica que superou todas as minhas expectativas. Os serviços da equipe da Ortopedia Gonzalez são de nível internacional, com a devida atenção prestada aos detalhes e especificidades de cada paciente. Além de talento profissional e “know-how” na confecção de próteses, é evidente que os membros da equipe gostam do que fazem. Todo paciente recebe um atendimento atencioso. Os materiais usados são de alta qualidade. Hoje tenho 35 anos, faço ginástica e condicionamento em uma academia em São Paulo, participo do conselho de uma organização não-governamental de micro-crédito e de uma comissão de direitos humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, viajo para fora do País em média a cada nove meses e atuo em um escritório de advocacia em tempo integral. Tenho uma vida ativa e, para continuar neste ritmo, dependo de um atendimento como o que recebo na Ortopedia Gonzalez. Poso contar com eles.

Por Dra Djanira

Ilustríssimo Sr. Diretor Técnico, Marcelo Silveira Gonzalez Hoje, antes do relatório, reflito sobre a situação... “Próteses Gonzalez”... Foi nesse ambiente que, literalmente, retomei o passo da minha jornada. E agradeço o rumo que pude tomar depois do tão esperado “primeiro passo”. Foi ali, onde depois de tentativa frustrada em outra empresa, que conheci um grupo de trabalho que se empenha no propósito de restabelecer a auto estima de pessoas, que, como eu, foram surpreendidas pelos contratempos trazidos por um acidente inesperado. Daqueles que nos subtraem da vida ativa por longo período e nos insere no universo dos chamados “deficientes físicos”. Um grupo de pessoas que se dedicam à produção de próteses, as mais variadas, como, pés, até mesmo de boa parte dos membros inferiores e, não só isso, mãos, e também, boa parte dos membros superiores, até mesmo detalhes como dedos das mãos e pés, com toda a riqueza de detalhes que só uma equipe entrosada é capaz de proporcionar. A preocupação de promover conforto, não só físico, mas também a preocupação de estimular a capacidade de aceitação da nova realidade e da possibilidade da retomada do curso da vida, dentro do mais alto teor de equilíbrio, falando em especial, da prótese parcial de pé, como no meu caso. Assim, através de informações trocadas por relatos, foi possível a “magia de fazer nascer um pé novo” e a retomada, não só do trabalho, como, em especial, da vida cotidiana, com a liberdade de ir e vir, de redescobrir a capacidade de dirigir meu carro, enfim, de não deixar a cabeça “travar”. Aí o grande segredo complementado por essa arte especial de um trabalho personalizado, de valor que não tem preço, e que me permite viver sem me sentir à margem do preconceito, vez que plenamente consciente do fato, fato este que me trouxe novas oportunidades, inclusive de me relacionar com tão competente equipe regida por um dirigente que conduz sua obra com excelência. Grata, por todo o sempre, a essa conceituada equipe que nos acolhe com respeito e fraternidade.