Dúvidas

Substituição de um órgão natural que falta por um artificial (olho, nariz, braço, perna, etc.) - (do grego prothesis, ação de colocar diante). É muitas vezes necessário, por razões estéticas ou práticas substituir uma parte do corpo, perdida por doença ou traumatismos, por cópias mais ou menos eficientes do órgão natural “próteses”. Desde os tempos imemoriais que tal prática é comum:

• Heródoto, historiador grego (Halicarnasso, c. 484 – Túrio, c. 420 a C.) fala de um homem que tinha uma prótese de um pé em madeira;
• Os Romanos levaram a manufatura de membros artificiais a um alto grau de eficiência, como se prova por uma prótese de uma perna minuciosamente formada por finíssimas placas de bronze, achada em um túmulo em Cárpua;
• Goetz von Berlichingen, cavaleiro alemão, o mão de ferro (Jagsthausen, Württenberg, 1480 – Hornberg, 1562) para substituir sua mão direita, que havia perdido, tinha uma prótese produzida em ferro;
• Ambroise Paré, cirurgião francês (Bourg-Hersent, perto de Laval, c. 1509 – Paris, 1590). Foi cirurgião de diversos monarcas e tornou-se célebre com a descoberta da ligadura das artérias, que substitui a cauterização nas amputações, também escreveu um capítulo sobre membros artificiais “próteses “.

Devido aos delicadíssimos movimentos que o membro superior tem de executar, nunca deve amputar-se se existe qualquer possibilidade de aproveitamento, por pequena que seja. Quando se decide a amputação, deve-se remover o menos possível do braço. Fizeram-se grandes progressos na manufatura de próteses para braços e mãos e atualmente verifica-se que se podem obter aumentos de eficiência tanto na amputação acima do cotovelo quanto na amputação abaixo do cotovelo. Fabricam-se atualmente próteses para membros superiores perfeitíssimas, que permitem ao indivíduo trabalhar em diversos ramos de atividade. Com algumas próteses pode-se escrever, dirigir, jogar, pescar etc.

Para os membros inferiores é muito mais fácil produzir substitutos com eficiência. Como resultado da experiência adquirida nas duas guerras mundiais, as próteses que hoje se produzem para membros inferiores são agora tão perfeitas que o indivíduo parece possuir os dois membros naturais podendo andar de bicicleta, subir escadas ou mesmo ou praticar desportos como atletismo. As próteses também restauram o moral do amputado e estimulam os sentimentos de independência. Componentes utilizados para confecção de Próteses de Membros Inferiores.

Os pés mecânicos devem ser indicados após avaliação do paciente, considerando nível da amputação, grau de atividade, peso, local de moradia e tipo de joelho mecânico (quando utilizado). Classificação:

Próteses para amputações parciais de pés (confeccionados sob medida);

Pés articulados (permite movimento de flexão plantar);

Pés não articulados (SACH e Dinâmico);

Pés multiaxiais;

Pés de resposta dinâmica.

Os joelhos mecânicos devem proporcionar estabilidade na fase de apoio e controle durante a fase de balanço. Informações relacionadas ao nível da amputação, peso, grau de atividade, tipo de pé mecânico, entre outros, devem ser considerados antes de se fazer qualquer prescrição. Classificação:

Livre;

Com fricção;

Auto-freio;

Com trava;

Policêntrico;

Pneumático;

Hidráulico;

Computadorizado.

Usam-se olhos artificiais não só por uma questão estética, como para proteger a órbita de poeiras, embora é claro, a visão é impossível. Os olhos artificiais podem ser feitos de vidro ou celulóide e têm a forma de uma concha representando a metade anterior do globo ocular que foi removida. O coto deixado tem ainda os músculos do olho, pelo que os olhos artificiais conservam os movimentos conjugados, embora em menor extensão. Por esse motivo, por vezes é tão difícil descobrir que a pessoa possui uma prótese do olho. Os movimentos constantes e as lágrimas vão provocando desgaste nas próteses que devem ser renovadas de tempos em tempos.

Muitas vezes, devido a certas doenças ou acidentes o paciente perde o nariz, ficando à mostra as fossas nasais o que é bastante inestético.

Se a amputação é abaixo do joelho, poderá dirigir sem nenhuma diferença de como fazia antes de perdida a sua perna. Se a amputação é a nível da coxa, poderá voltar a dirigir, condicionado alguns fatores (tipo de joelho da sua prótese, o nível de amputação, sua condição física, etc).

Não é imprescindível o uso de um pé articulado para andar em bicicleta, mas se tem de fazê-lo em forma profissional ou semi-profissional, seria conveniente o uso de um pé desportivo, e se a amputação é a nível da coxa séria aconselhável um joelho policéntrico (multiplicador de força).

Não, nenhum paciente nada com a prótese posta já que ela atuará como lastro ao nadar. As prótese anfíbias, podem submergir-se, e molhar-se (numa piscina, caminhando pela orla do mar, etc.) mas à hora de nadar, deverá tirá-la.

A luva é indicada para amputações de dedos quando não existe perda da região metarsiana; A bota é indicada para amputações metatarsianas e também quando o paciente necessita de apoio no caminhar, esta prótese não é somente estética como também funcional.

Na atualidade todas as empresas internacionais dedicadas à fabricação de prótese, desenvolveram modelos para a prática desportiva já seja a modo profissional ou por hobbie, no ponto que Flex Foot criou diferentes tipos de pés de carbono segundo o esporte que se deseja praticar.

Na realidade o entrave principal é o condicionamento físico e não a idade, mas é de se supor que uma pessoa jovem se encontra em melhores condições físicas, o verdadeiramente condicionante é o estado anímico e o empenho de que o paciente está disposto a voltar a andar. É indiscutível que se trata de um (a) menino (a) que nasceu com uma agenesia (falta congênita de um membro) ou com uma amputação, sua marcha é conseguida muito rapidamente e sem limites de atividades.

Existem diversos tipos de prótese, é imprescindível a avaliação prévia do paciente para determinar segundo o tipo de amputação qual dos equipamentos é o mais adequado. Podem ser desde pés confeccionados em silicones mimetizantes (semelhantes à pele humana).

Se a perda do dedo do pé for total a fixação será feita através de uma pequena luva, se for parcial (tiver falange de sustentação) será fixada por sucção.

Não, nenhum risco, caso a fixação seja por pinos sofrerá uma pequena intervenção cirúrgica, mas sem nenhum risco vital, se preferirem a fixação através de cola não acontecerá nenhuma intervenção.